Mundo Markus observando a sociedade moderna
Homem, de Campinas/SP, 48 anos. Markus é o fake virtual de um cidadão internauta que transfere para o Blog suas impressões e visões estarrecedoras do mundo moderno, assim como também de suas suavidades. Afinal de contas, ninguém é de ferro. Markus escreve quando tem vontade pra enxaguar a alma ou quando a raiva combinada com a ironia afloram em rompantes de criatividade. Não espere regularidade temporal nem que os textos sejam lineares…
sexta-feira, dezembro 20, 2019
A mulher apaixonada
Era uma mulher. Na verdade era um casal, mas a mulher me chamava a atenção por causa do seu comportamento. Estava visivelmente apaixonada pelo homem que sentava ao seu lado. Seus olhos mostravam isso pois notadamente brilhavam mais do que olhos normais brilham por ai.
Não foram presenteados pelo destino com beleza mas o fato de ese uma mulher apaixonada a deixava encantadora. Aparentavam ser de origem muito simples e popular sem nenhum atrativo especial em qualquer um deles, mas ela estava sim apaixonada pois seus olhos mostravam isso quando brilhavam pelo homem ao seu lado. Havia uma pitada de bom humor no sorriso discreto.
Enroscada no seu parceiro, ela sorria com aquela calma de gente apaixonada, que sabe que todo o universo está alí ao seu redor, mas ela pouco se importava enquanto abraçava, ou segurava a mão do homem. Falava coisas no ouvido dele, enquanto ele meneava a cabeça em consentimento ou negação, sem falar ou fazer contato visual. Sabia que ela era uma mulher apaixonada por ele, e por aquele momento ele tinha essa certeza e fazia alí seu papel de macho alfa dominando as imediações.
Desceram poucos minutos depois e de mãos dadas seguiram seu caminho enquanto eu observava. Me senti privilegiado pela constatação que pude observar. Me lembrou das paixonites da adolescência quando a gente despirocava por alguém.
terça-feira, dezembro 17, 2019
As palavras
sexta-feira, outubro 27, 2017
Um Retorno?
segunda-feira, junho 10, 2013
Curiosidade
Parece que o mundo ta repleto de pessoas que simplesmente esperam mais dos outros ao invés de serem agentes.
quarta-feira, fevereiro 27, 2013
E ainda somos os mesmos.
E precisei ficar off uns tempos... talvez mais por auto segurança do que qualquer outra coisa. Deu uma impressão de ter sido bloqueado de pensar. Achei educativo e pedagógico, e muito desagradável também.
A gente muda, a gente passa fases diferentes, a gente se readapta constantemente. Por um lado o que é bom e necessário, mostra que lá no fundo continuamos os mesmos, com as mesmas expectativas, mesmo com universos novos à sua frente. Sempre pensei nisso como uma certeza de ser humano, de que permanecemos os mesmo apesar dos esforços aparentes de mudança. Talvez mude a apresentação do personagem, mas lá dentro, como cantava Elis Regina, “Ainda somos os mesmos..., e vivemos como nossos pais”.
Toda mudança promove insegurança e desconforto em qualquer aspecto do reino animal, talvez esteja ai uma justificativa de peso, nós humanos não seríamos diferentes é claro.
Mudando ou não, seguimos contraditórios... Não sei porque, mas gosto muito da frase preferida do GPS quando ele insiste em ficar dizendo “Recalculando a rota”. Tem algo de muito positivo nessa afirmação.
Enquanto eu puder continuar recalculando a rota, tô feliz.
quinta-feira, janeiro 24, 2013
E se....
Ando desanimado com quantidade de pessoas que fogem da vida real usando a particula apassivadora 'e se...'.
E se... ja indica algo que nao existe no concretismo de nossa vida: e se eu tivesse mais dinheiro, e se eu tivesse um emprego melhor, e se voce me amasse... enfim, tantas possibilidades de "e se" que honestamente nao entendo como tanta gente vive nesse mundo de fantasia. Alguém ja observou isso ou pegou-se fazendo a mesma alegoria?
Confesso que ja fiquei muito nesse limbo do travamento das atitudes, e nao falo mais nada no campo da fantasia. Tenho a nitida impressão que ganhei mais tempo na vida buscando algo mais produtivo do que ficar refletindo sobre fantasias que nao serão reais. Não sei se estou errado nisso, mas prefiro me abster de julgamentos.
Tive tambem de parar com meus comentarios automáticos para esse tipo de devaneio alheio pra quando a pessoa desaba no "e se".... sempre de imediato pergunto pro cidadão se ele tem certeza daquilo que ele fala, e o que ele está fazendo por ele mesmo pra atingir seu sonho. Resposta sempre a mesma: nada, ou seja, tem uma multidão de gente ai reclamando adoidado e nao fazendo nada por si mesmas. Acho broxante demais.
Alguém por favor me explica onde termina o sonho (sim, aquele construtivo que move as pessoas) e onde começa a fantasia improdutiva? To na duvida! A minha loirice grisalha não chegou a essa conclusão ainda.
Falando em loirice..blogar do tablet me deixa vesgo no final da postagem, e digitar com 2 dedos é osso.. descobrindo o maravilhoso mundo de pensar e escrever na cama!
quarta-feira, dezembro 12, 2012
Cale-se
Pensa-se que voce é proprietário dos seus pensamentos, mas quando eles são expressos de determinadas maneiras, a mensagem acaba se tornando ofensiva e até mesmo perigosa para seu bem estar, aí a gente volta pra aquela água com açucar regular que voce não tinha projetado originalmente.... lá fica ele nos rascunhos por mais uma temporada até que no futuro voce resolva excluir e deixar sem publicação de qualquer maneira.
Pensar sim, expressar sem a devida sabedoria, já paguei preços bem altos por causa disso. Volto àquela máxima de que boca fechada não entra mosquito. Sabedoria popular que nunca falha né?
sexta-feira, dezembro 07, 2012
A vida segue
Senza parole!!!!!
quarta-feira, dezembro 05, 2012
Atualizando
E tiveram a coragem de dizer que meu blog tinha virado uma sucursal do “Meu pequeno diário”.....
O povo anda perdendo o medo mesmo.
É difícil quase impossível não trazer aqui aqui o conteúdo pessoal.. enfim...
Ainda difícil de escrever, as rotinas ainda não entraram em pleno acordo.
Ainda bestificado com a historia do André, que foi atacado por dois marombados mal resolvidos na Henrique Schaumann nesta semana por ser gay. Temos ainda tanta coisa a tentar resolver no interior da nossa sociedade!
Impressão minha ou houve uma onde de manifestação bem contrária os dois idiotas que fizeram o ataque? Meu Facebook bombou durante uns 3 dias somente a este respeito. Só fico pensativo que casos assim, mesmo diante de tamanha repercussão, acabam desaparecendo das vistas de todos no prazo de 1 semana e tudo volta à normalidade mascarada de sempre.
terça-feira, novembro 27, 2012
No ônibus
Ônibus parou numa cidadezinha detestável. Depois que desceu e saiu gente, o moço entrou naquele passo de quem já tomou algumas cervejas, procurando o número da poltrona. Parou em determinado lugar e ao invés de sentar sacou do bolso uma daquelas cartelas de chiclete que ele olhava enquanto manuseava fazendo ruído e talvez pensando qual tablete ele pegaria.
Mirou , escolheu, apertou com vontade e a cartela fez "plec" liberando a pastilha que voou e parou na cabeça da moça ao lado. Ela pegou e olhando com cara feia entregou ao moço que gostosamente colocou na boca como se fosse um manjar erótico. A moça enrubesceu e afundou na poltrona, enquanto o cidadão sentou e adormeceu quase imediatamente com o chiclete cabeludo na boca.
Bem que eu queria estar dormindo nessas horas...
quarta-feira, novembro 21, 2012
Elaborando o luto
quinta-feira, novembro 01, 2012
Joga pro universo
Muita gente fala pra jogar seus desejos e planos pro Universo, que aquilo que for realmente de seu merecimento, se concretiza.
Parece um papo bem bacana de auto ajuda mas tenho minhas dúvidas a este respeito: quem joga pro Universo fica isento de se esforçar na realização daquilo que deseja? Não seria muito passivo simplesmente aguardar que tudo venha ao seu encontro?
Por via das dúvidas mando pro universo também mas acho conveniente correr atrás do atraso. Ando vendo que meu grande karma da vida é ter doses cavalares de paciência e muito, muito esforço.
Beijo pro Universo, seu fanfarrao!
quarta-feira, outubro 31, 2012
Branco
Escrever num blog fica algo metade diário, metade reflexões do dia a dia. Durante um tempo você escreve sobre aquilo que te faz pensar, depois você passa a escrever sobre aquilo que te deixa puto, depois você escreve sobre aquilo que te deixa entristecido. Manter essa linha específica de falar sobre um assunto específico, é tarefa de agarrar um touro pelos chifres. Mais legal ainda são os amigos comentadores que entram e comentam, pelo menos pra dar um apoio moral mesmo quando o assunto tá chato.
Tenho me sentido chato pra pensar. Tenho minhas tristezas que são ótimos gatilhos para textos, mas experiências minhas do passado me provaram que abrir demais o coração em público, traz consequências devastadoras sempre. Por mais que sejam apenas pensamentos, alguém sempre se ofende, alguém junta mais argumentos contra você, alguém que deveria ler a indireta nunca recebe a informação... ou seja.. você acaba deixando de escrever por medo e insegurança... seria esse o tal branco da criatividade?
terça-feira, outubro 23, 2012
Madrugando
Previsão do tempo alerta chuva pelos próximos cinco dias... Desanimador saber que estou prestes a entrar naquela temporada abencoada de muitas águas celestiais que fazem as roupas demorarem mais a secar e os calçados ficarem umedecidos. Enquanto isso fico testando a blogagem através do app do Android em offline. Mas não é que a coisa funciona?
quinta-feira, outubro 18, 2012
O mendigo
Basta aguardar para os próximos dias todas as emissoras populistas explorando o Mendigo de Curitiba. Pra quem não viu ainda, clique aqui.
Presenciei a decrepitude de um irmão através das drogas até o fim da vida dele e a continuidade do processo na família. Nada volta a ser como foi planejado um dia, e nem todo mundo simplesmente consegue abandonar a personalidade do vício, e se deixam consumir. Não posso dizer que não exista uma dose de coragem nessa decisão, talvez tomada sem se saber as reais consequências.
Apenas lamento o tom piadista da tragédia de alguém e uma família. Maldito hábito brasileiro de rir de quase tudo ao invés de questionar e exigir melhoras sociais.
terça-feira, outubro 16, 2012
Coisas que a gente escuta...
Hoje, alguém que ocupa um cargo de responsabilidade e controle de pessoas, me disse claramente: “Não confio nem em minha filha. As duas pessoas em quem confio, nem trabalham aqui.” Lógico que isso foi uma ameaça a mim, não sou nem de perto essa pessoa confiável que ele mencionou, mas acho de uma ofensa medonha por tratar-se de um ambiente colaborativo em que inúmeras pessoas trabalham juntas e que o grupo vence pelos acertos e perde individualmente pelos erros de cada um.
Deixando essa afronta profissional de lado, imediatamente pensei na vidinha medíocre que algumas pessoas levam por toda uma existência, causando a sí próprias esse desconforto permanente e imutável, e ao mesmo tempo, transformando a vida de todos ao seu redor num verdadeiro inferno. A gente tem de ser feliz enquanto é tempo... problema dele.. não meu, oras bolas. Tem horas que desejo ter um botãozinho na cabeça de modo a poder desligar e não ouvir tanta besteira.
quarta-feira, outubro 10, 2012
Ainda o século 20
Suicídio assistido ainda é tão controverso e tão pouco aceito pelas sociedades. Pessoas que chegam ao fim da linha já sabedoras de que não tem retorno de suas condições, decidem interromper seu próprio sofrimento e principalmente o sofrimento futuro sem nenhuma dignidade. Assim como muitos ainda acreditam na vida após a morte através da criogenia, muitos decidem abreviar seu sofrimento e buscam apoio em grupos que ganham dinheiro promovendo essa partida suave com acompanhamento profissional. Não defendo a morte e a partida antes do tempo regulamentar, mas defendo o direito de escolha que cada pessoa tem. Como espiritualista, acho que cada um tem seu preço a pagar lá depois, assim como também as suas consequências de seus atos.
No video a seguir, uma mulher com a assistência de uma clínica suíça (por que sempre na Suíça?), portadora de uma síndrome degenerativa óssea, toma seu drink de morte e come chocolates para disfarçar o amargor da bebida, antes de adormecer serenamente enquanto o vídeo é encerrado. Sem traumas, sangue ou secreções, apenas a partida típica européia, fria e sem emoção. Obviamente tudo é gravado de modo a assegurar para os profissionais em questão, que a cliente estava lúcida, conhecedora de suas ações e principalmente, cônscia do que fazia naquele instante.
Bom para refletir.
segunda-feira, outubro 08, 2012
Século 20 o cacete!
terça-feira, outubro 02, 2012
Jogando
segunda-feira, outubro 01, 2012
Uma gracinha
Hebe Camargo faleceu neste fim de semana, o Facebook bombou de homenagens. Como a maioria de meus adicionados virtuais são homens e gays, houve muito choro, gritos e arrastar de correntes, até aí nenhuma novidade. Claro que a movimentação foi intensa no sábado, e praticamente inexistente no domingo, salvo raros comentários devido à cobertura (atípica) da Globo. A descartabilidade e o quanto as pessoas são volúveis, é um fenômeno assustador. Sempre me pego pensando como será o futuro baseado neste presente, mas isso é reflexão para outro post.
De certa forme e salvando as devidas proporções, lamentei a morte de Hebe. Tratava-se sim alguem de remarque na sociedade midiática atual, tinha tamanha confiança das redes onde trabalhava, que seus programas recebiam pouco controle sobre o que ela falava. Sabia sim trabalhar como poucas hoje em dia, além de seu carisma inegável. Em épocas de enlatados, a chatice de um programa de auditório sucumbia sob o tamanho da personagem criada ao longo de tantas décadas no ar.
Sob tantas fotos, vídeos e outros bichos, gostei mais foi do post da Diva Depressão.