sexta-feira, dezembro 20, 2019

A mulher apaixonada

Esses dias estava eu no ônibus voltando pra casa, e algo me chamou a atenção no fundo do veículo.
Era uma mulher. Na verdade era um casal, mas a mulher me chamava a atenção por causa do seu comportamento. Estava visivelmente apaixonada pelo homem que sentava ao seu lado. Seus olhos mostravam isso pois notadamente brilhavam mais do que olhos normais brilham por ai.

Não foram presenteados pelo destino com beleza mas o fato de ese uma mulher apaixonada a deixava encantadora. Aparentavam ser de origem muito simples e popular sem nenhum atrativo especial em qualquer um deles, mas ela estava sim apaixonada pois seus olhos mostravam isso quando brilhavam pelo homem ao seu lado. Havia uma pitada de bom humor no sorriso discreto.

Enroscada no seu parceiro, ela sorria com aquela calma de gente apaixonada, que sabe que todo o universo está alí ao seu redor, mas ela pouco se importava enquanto abraçava, ou segurava a mão do homem. Falava coisas no ouvido dele, enquanto ele meneava a cabeça em consentimento ou negação, sem falar ou fazer contato visual. Sabia que ela era uma mulher apaixonada por ele, e por aquele momento ele tinha essa certeza e fazia alí seu papel de macho alfa dominando as imediações.

Desceram poucos minutos depois e de mãos dadas seguiram seu caminho enquanto eu observava. Me senti privilegiado pela constatação que pude observar. Me lembrou das paixonites da adolescência quando a gente despirocava por alguém.

terça-feira, dezembro 17, 2019

As palavras

Olá caro blog!
 
Estamos de volta depois de tantos anos e tanta coisa mudada! Este mesmo blog que despertava em mim a vontade de escrever me levou para a graduação na licenciatura que estuda as próprias palavras... não que eu agora exerça este ofício na sua completude, mas de alguma maneira sigo um refém da metodologia de converter sentimentos em palavras com interação da realidade.

Hoje deu-se novo gatilho. 

Estava revendo tantas estratégias a respeito de posicionamento de SEO, análise de concorrência, ferramentas mais utilizadas pelo mercado e o estalo veio.. de finalmente tirar da mente as palavras sobre as quais eu gostaria de gerar algumas reflexões. Acho que as anotações mentais estavam ficando volumosas demais e eu precisava desfolhar este novo bloco. Nostalgia? talvez... só que agora tudo tem um téco de Storytelling... pelo menos no começo. Depois não garanto mais.

sexta-feira, outubro 27, 2017

Um Retorno?


​Os anos passaram, as tecnologias mudaram, os locais mudaram, eu mudei. Mudei de cidade, mudei de área, digitalizei ​e mais do que nunca abracei a carreira das letras. A geração do texto, manifestação de sentidos continua existindo.
Voltei pra cá? não sei... apenas passei e deixei que palavras registrassem a presença. Escrever é muitas vezes um vício tão enraizado na alma da gente que as origens cobram nossa participação no processo.
Que venhamos a ser leves sempre, leves e decididos naquilo que gostamos.
Hoje lembrei da Bishop e seu poema sobre as perdas. Não que eu tenha perdido algo hoje, mas perdi tantas coisas ao longo de uma vida de resiliências que é impossível não sentir certo apreço por ele. Peço desculpas a você que chegou aqui por acaso e vai ver um poema em Inglês, mas eu gosta das coisas em sua originalidade.

​One Art
The art of losing isn’t hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn’t hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother’s watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn’t hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn’t a disaster.

—Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan’t have lied. It’s evident
the art of losing’s not too hard to master
   though it may look like (Write it!) like disaster.​

segunda-feira, junho 10, 2013

Curiosidade

Fiz um post no Facebook de uma foto que encontrei por aí na internet. Uma simples mensagem de auto ajuda mencionando que não devemos criar expectativas em outras pessoas para que a frustração seja menor. A surpresa foi a quantidade de pessoas que interagiram em concordância com a mensagem.
Parece que o mundo ta repleto de pessoas que simplesmente esperam mais dos outros ao invés de serem agentes.

quarta-feira, fevereiro 27, 2013

E ainda somos os mesmos.

E precisei ficar off  uns tempos... talvez mais por auto segurança do que qualquer outra coisa. Deu uma impressão de ter sido bloqueado de pensar. Achei educativo e pedagógico, e muito desagradável também.

A gente muda, a gente passa fases diferentes, a gente se readapta constantemente. Por um lado o que é bom e necessário, mostra que lá no fundo continuamos os mesmos, com as mesmas expectativas, mesmo com universos novos à sua frente. Sempre pensei nisso como uma certeza de ser humano, de que permanecemos os mesmo apesar dos esforços aparentes de mudança. Talvez mude a apresentação do personagem, mas lá dentro, como cantava Elis Regina, “Ainda somos os mesmos..., e vivemos como nossos pais”.

Toda mudança promove insegurança e desconforto em qualquer aspecto do reino animal, talvez esteja ai uma justificativa de peso, nós humanos não seríamos diferentes é claro.

Mudando ou não,  seguimos contraditórios... Não sei porque, mas gosto muito da frase preferida do GPS quando ele insiste em ficar dizendo “Recalculando a rota”. Tem algo de muito positivo nessa afirmação.

Enquanto eu puder continuar recalculando a rota, tô feliz.

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, janeiro 24, 2013

E se....

Ando desanimado com quantidade de pessoas que fogem da vida real usando a particula apassivadora  'e se...'.
E se... ja indica algo que nao existe no concretismo de nossa vida: e se eu tivesse mais dinheiro, e se eu tivesse um emprego melhor, e se voce me amasse... enfim, tantas possibilidades de "e se" que honestamente nao entendo como tanta gente vive nesse mundo de fantasia. Alguém ja observou isso ou pegou-se fazendo a mesma alegoria?
Confesso que ja fiquei muito nesse limbo do travamento das atitudes, e nao falo mais nada no campo da fantasia. Tenho a nitida impressão que ganhei mais tempo na vida buscando algo mais produtivo do que ficar refletindo sobre fantasias que nao serão reais. Não sei se estou errado nisso, mas prefiro me abster de julgamentos.
Tive tambem de parar com meus comentarios automáticos para esse tipo de devaneio alheio pra quando a pessoa desaba no "e se".... sempre de imediato pergunto pro cidadão se ele tem certeza daquilo que ele fala, e o que ele está fazendo por ele mesmo pra atingir seu sonho. Resposta sempre a mesma: nada, ou seja, tem uma multidão de gente ai reclamando adoidado e nao fazendo nada por si mesmas. Acho broxante demais.
Alguém por favor me explica onde termina o sonho (sim, aquele construtivo que move as pessoas) e onde começa a fantasia improdutiva? To na duvida! A minha  loirice grisalha não chegou a essa conclusão ainda.
Falando em loirice..blogar do tablet me deixa vesgo no final da postagem, e digitar com 2 dedos é osso.. descobrindo o maravilhoso mundo de pensar e escrever na cama!

quarta-feira, dezembro 12, 2012

Cale-se

Fico emputecido quando a gente começa um post, e lá no fim dele descobrimos que baseado nos seus seguidores, voce descobre que ele tem um tom inapropriado, e que num futuro próximo ele vai te trazer complicações... Alguém mais passa por isso?
Pensa-se que voce é proprietário dos seus pensamentos, mas quando eles são expressos de determinadas maneiras, a mensagem acaba se tornando ofensiva e até mesmo perigosa para seu bem estar, aí a gente volta pra aquela água com açucar regular que voce não tinha projetado originalmente.... lá fica ele nos rascunhos por mais uma temporada até que no futuro voce resolva excluir e deixar sem publicação de qualquer maneira.
Pensar sim, expressar sem a devida sabedoria, já paguei preços bem altos por causa disso. Volto àquela máxima de que boca fechada não entra mosquito. Sabedoria popular que nunca falha né?

sexta-feira, dezembro 07, 2012

A vida segue

As vezes, no seguimento da vida da gente, a melhor mensagem da sua vida, pode chegar apenas num email, e através de uma linha apenas, pode te dar o melhor conteúdo do universo. Isso te deixa feliz pacas!!!


Senza parole!!!!!

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Atualizando

E tiveram a coragem de dizer que meu blog tinha virado uma sucursal do “Meu pequeno diário”.....

O povo anda perdendo o medo mesmo.

É difícil quase impossível não trazer aqui aqui o conteúdo pessoal.. enfim...

Ainda difícil de escrever, as rotinas ainda não entraram em pleno acordo.

 

Ainda bestificado com a historia do André, que foi atacado por dois marombados mal resolvidos na Henrique Schaumann nesta semana por ser gay.  Temos ainda tanta coisa a tentar resolver no interior da nossa sociedade!

Impressão minha ou houve uma onde de manifestação bem contrária os dois idiotas que fizeram o ataque? Meu Facebook bombou durante uns 3 dias somente a este respeito. Só fico pensativo que casos assim, mesmo diante de tamanha repercussão, acabam desaparecendo das vistas de todos no prazo de 1 semana e tudo volta à normalidade mascarada de sempre.

 

 

terça-feira, novembro 27, 2012

No ônibus

Com a separação, lá se foi o carro que me ajudava muito. Entrei na economia agressiva e pra visitar a família ando encarando os ônibus interestaduais. Por mais  que eu deteste rever certos locais e certas cenas, tem sempre algo inesperado acontecendo ao redor.
Ônibus parou numa cidadezinha detestável. Depois que desceu e saiu gente, o moço entrou naquele passo de quem já tomou algumas cervejas, procurando o número da poltrona. Parou em determinado lugar e ao invés de sentar sacou do bolso uma daquelas cartelas de chiclete que ele olhava enquanto manuseava fazendo ruído e talvez pensando qual tablete ele pegaria.
Mirou , escolheu, apertou com vontade e a cartela fez "plec" liberando a pastilha que voou e parou na cabeça da moça ao lado. Ela pegou e olhando com cara feia entregou ao moço que gostosamente colocou na boca como se fosse um manjar erótico. A moça enrubesceu e afundou na poltrona, enquanto o cidadão sentou e adormeceu quase imediatamente com o chiclete cabeludo na boca.
Bem que eu queria estar dormindo nessas horas...

quarta-feira, novembro 21, 2012

Elaborando o luto

Havia uma relação longa na minha vida, já beirando os 13 anos de convivência mútua. Nem sempre tudo foi flores, mas infelizmente nos últimos tempos a coisa se agravou e tudo ficou ainda mais dificil, culminando com a separação definitiva. Não tão pacífica, mas definitiva.
Por mais que momentos assim sejam programados e esperados, todo o maremoto emocional no qual voce é inserido causa uma grande devastação no seu interior, afinal tanto tempo de convivência, quando  você vê toda a sua programação inicial sendo substituída por uma nova realidade onde voce não tem nenhum ponto de apoio, e voce não conhece mais nenhum passo do caminho novo. Trilhar um caminho novo é sem dúvida a maior dificuldade, e isso inclui desde pequenas coisas como a mudança dos hábitos até mesmo as maiores que é o planejamento de uma casa.
Quando não há o que ser feito e você deixa simplesmente que o tempo agir, já é o seu recomeço, pois até mesmo um pontapé te empurra para a frente. Segundo o meu terapeuta, a gente elabora o luto que era uma teoria até então e passa a vivê-lo pelo menor tempo possível, para que realmente ocorra o encerramento da fase. Passar por ele é bom, permanecer por tempo demais, não é saudável.
Já elaborei meu luto; já fiz o balanço de tanto tempo e de tantas lembranças. Já guardei o que é de bom e já deixei o passado ruim arquivado na última gaveta porque simplesmente esquecer os erros não gera aprendizado.
Pior parte até agora? A casa vazia. Pra quem nunca viveu realmente sozinho na vida inteira isso sim é o grande desafio a ser encarado. Estar longe da família e amigos numa cidade distante e passar por isso é uma tarefa pesada. Manter-se ocupado no trabalho e nas atividades da casa das primeiras horas da noite é fácil, mas toda noite tem aquele momento em que você apaga as luzes e fica realmente sozinho no escuro num apartamento vazio.
Luto elaborado, fase encerrada. Tudo pronto pro que há de bom que tá chegando trazendo tudo o que há de bom exatamente o que eu queria. Melhor que isso, impossível.
Bora pra frente ser muito feliz porque a gente merece, certo?






quinta-feira, novembro 01, 2012

Joga pro universo

Muita gente fala pra jogar seus desejos e planos pro Universo, que aquilo que for realmente de seu merecimento, se concretiza.
Parece um papo bem bacana de auto ajuda mas tenho minhas dúvidas a este respeito: quem joga pro Universo fica isento de se esforçar  na realização daquilo que deseja? Não seria muito passivo simplesmente aguardar que tudo venha ao  seu encontro?
Por via das dúvidas mando pro universo também mas acho conveniente correr atrás do atraso. Ando vendo que meu grande karma da vida é  ter doses cavalares de paciência e muito, muito esforço.
Beijo pro Universo, seu fanfarrao!

quarta-feira, outubro 31, 2012

Branco

Escrever num blog fica algo metade diário, metade reflexões do dia a dia. Durante um tempo você escreve sobre aquilo que te faz pensar, depois você passa a escrever sobre aquilo que te deixa puto, depois você escreve sobre aquilo que te deixa entristecido. Manter essa linha específica de falar sobre um assunto específico, é tarefa de agarrar um touro pelos chifres. Mais legal ainda são os amigos comentadores que entram e comentam, pelo menos pra dar um apoio moral mesmo quando o assunto tá chato.

Tenho me sentido chato pra pensar. Tenho minhas tristezas que são ótimos gatilhos para textos, mas experiências minhas do passado me provaram que abrir demais o coração em público, traz consequências devastadoras sempre. Por mais que sejam apenas pensamentos, alguém sempre se ofende, alguém junta mais argumentos contra você, alguém que deveria ler a indireta nunca recebe a informação... ou seja.. você acaba deixando de escrever por medo e insegurança... seria esse o tal branco da criatividade?

 

 

 

 

terça-feira, outubro 23, 2012

Madrugando

Previsão  do tempo alerta chuva pelos próximos cinco dias... Desanimador saber que estou prestes a entrar naquela temporada abencoada de muitas águas celestiais que fazem as roupas demorarem mais a secar e os calçados ficarem umedecidos. Enquanto isso fico testando a blogagem através  do app do Android em offline. Mas não  é  que a coisa funciona?


quinta-feira, outubro 18, 2012

O mendigo

Basta aguardar para os próximos dias todas as emissoras populistas explorando o Mendigo de Curitiba. Pra quem não viu ainda, clique aqui.

Presenciei a decrepitude de um irmão através das drogas até o fim da vida dele e a continuidade do processo na família. Nada volta a ser como foi planejado um dia, e nem todo mundo simplesmente consegue abandonar a personalidade do vício, e se deixam consumir. Não posso dizer que não exista uma dose de coragem nessa decisão, talvez tomada sem se saber as reais consequências.

Apenas lamento o tom piadista da tragédia de alguém e uma família. Maldito hábito brasileiro de rir de quase tudo ao invés de questionar e exigir melhoras sociais.

 

terça-feira, outubro 16, 2012

Coisas que a gente escuta...

Hoje, alguém que ocupa um cargo de responsabilidade e controle de pessoas, me disse claramente: “Não confio nem em minha filha. As duas pessoas em quem confio, nem trabalham aqui.” Lógico que isso foi uma ameaça a mim, não sou nem de perto essa pessoa confiável que ele mencionou, mas acho de uma ofensa medonha por tratar-se de um ambiente colaborativo em que inúmeras pessoas trabalham juntas e que o grupo vence pelos acertos e perde individualmente pelos erros de cada um.

Deixando essa afronta profissional de lado, imediatamente pensei na vidinha medíocre que algumas pessoas levam por toda uma existência, causando a sí próprias esse desconforto permanente e imutável, e ao mesmo tempo, transformando a vida de todos ao seu redor num verdadeiro inferno. A gente tem de ser feliz enquanto é tempo... problema dele.. não meu, oras bolas. Tem horas que desejo ter um botãozinho na cabeça de modo a poder desligar e não ouvir tanta besteira.

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, outubro 10, 2012

Ainda o século 20

Ainda continuo no hábito de procurar leituras de blogs de conteúdo diversos, muitos deles regulares e de leitura corrida do cotidiano sobre muitas coisas. Um grupo seleto desses blogs seria caracterizado como duvidoso pelas pessoas em geral ou talvez porque a maioria das pessoas não tem estômago para acompanha-los; falam da morte e das atrocidades que trazem a morte até as pessoas. Talvez por termos sido criados no embasamento cristão que concede apenas à Deus o direto de vida ou morte sobre as pessoas, e que a ojeriza pela morte seja algo obrigatório a todos nós ocidentais. Apenas não vejo isso. Como observador vejo as consequências de atos mal pensados e em alguns casos, vejo como o homem caminha em sentidos tão díspares quanto se é possível imaginar, desde a violência gratuita religiosa, sem opções de qualquer chance de misericórdia, homens que se vingam de outras pessoas de maneira brutal, de vinganças em que corpos são destroçados, acidentes de trânsito, até a suicidas que simplesmente desistem de suas vidas e saltam de prédios ou se jogam nas linhas do metrô driblando todo o esquema de segurança mesmo em países orientais , saciando a curiosidade de outros em saber o que acontece com o corpo humano quando submetido a impactos desse porte, ou talvez mesmo pela simples curiosidade mórbida de ver sangue... mas falemos de suavidades.
Suicídio assistido ainda é tão controverso e tão pouco aceito pelas sociedades. Pessoas que chegam ao fim da linha já sabedoras de que não tem retorno de suas condições, decidem interromper seu próprio sofrimento e principalmente o sofrimento futuro sem nenhuma dignidade. Assim como muitos ainda acreditam na vida após a morte através da criogenia, muitos decidem abreviar seu sofrimento e buscam apoio em grupos que ganham dinheiro promovendo essa partida suave com acompanhamento profissional. Não defendo a morte e a partida antes do tempo regulamentar, mas defendo o direito de escolha que cada pessoa tem. Como espiritualista, acho que cada um tem seu preço a pagar lá depois, assim como também as suas consequências de seus atos.
No video a seguir, uma mulher com a assistência de uma clínica suíça (por que sempre na Suíça?), portadora de uma síndrome degenerativa óssea, toma seu drink de morte e come chocolates para disfarçar o amargor da bebida, antes de adormecer serenamente enquanto o vídeo é encerrado. Sem traumas, sangue ou secreções, apenas a partida típica européia, fria e sem emoção. Obviamente tudo é gravado de modo a assegurar para os profissionais em questão, que a cliente estava lúcida, conhecedora de suas ações e principalmente, cônscia do que fazia naquele instante.
Bom para refletir.








segunda-feira, outubro 08, 2012

Século 20 o cacete!


Azedei hoje. Mais no sentido literal de acordar virado, humor instável e em dias assim, eu me calo e evito interação ao máximo;  boca grande e mau humor juntos resultam numa combinação muito desagradável dentro de mim e de resultados desastrosos. A gente aprende com o tempo a fica isolado, pra não ter arrependimentos depois.

Pra ajudar, ainda vejo aqui pessoas seguindo cegamente a religião, como forma única de sobrevivência, cometendo absurdos como se isso fosse a única coisa certa do mundo. Pessoas que oprimem, pessoas que se calam quando podiam ajudar. Parece que isso é uma característica desta cidade de mineiros; a burrice margeada pela cristandade evangélica. Isso forma pessoas obtusas, grosseiras e que acham que estão agindo de acordo com a vontade de Deus. Pior de tudo é essa sensação geral que se tem por aqui, do orgulho de ser caipira. Junto com isso vem a multidão de deformados e deficientes físicos que não receberam as vacinas contra a paralisia infantil, os desdentados, todos os que vivem em subempregos e todas as famílias que perdem seus filhos todos os anos, pois todos se mudam da cidade em busca de algum tipo de oportunidade melhor, no estado de São Paulo, lógico.

Prometo que um dia eu tento ficar mais paciente com gente ignorante, mas hoje em dia, só é efetivamente ignorante quem quer e quem não se esforça.
Parabéns caipirada! Ignorância é realmente uma benção!

terça-feira, outubro 02, 2012

Jogando

Eu achava que nao tinha perfil para video-game. Depois do furor que foi o Odyssey e o Atari na minha infância, e continuo achando que não tenho perfil pra jogos.
Com tanta gente dizendo que gostava, me senti excluído da trupe, e num impulso contrário de consumo comprei um X-Box achando que seria um divisor de águas na minha vida, forçando uma mudança de hábito. Com o console comprado e aguardando a entrega, descobri que ou poucos jogos que seriam mais do meu perfil, eram exclusivos do Playstation. O marido gostou imensamente do X-Box e se esgoelou por semanas a fio no Assassins Creed e no Alan Wake, jogos complexos.
Resolvi persistir no pensamento errado, lá fui eu atrás do Playstation. Console comprado, descobri que os tais jogos exclusivos seriam lançados em Blueray somente no exterior, provando por A+B como meu karma costuma ser complexo. Um fornecedor tinha uma prima viajando pelos USA, e de lá veio o BR dos jogos.
Sem nada de tiros, gostei da coletânea da Thatgamecompany com o Journey e o Flower. Especialmente o Journey tem algo de interessante, sem perseguições, tiros, pontos, tempo, zumbis, apenas um personagem solitário que atravessa o deserto em direção a montanha, com uma ótima trilha sonora e visual bacana. Introspectivo, dura cerca de 2 horas cada jornada e no máximo, voce vê outros participantes online que cruzam o deserto com voce, sem interações.
Interessante, mas não troco minhas horas de leitura por sessões de jogo, meu perfil continua não aceitando os games que vem com aviso prevenindo os usuários sobre eventuais crises devido as luzes piscantes. Envelhecer e saber de certas coisas que não agregam tanta utilidade na minha vida enquanto todo o gado segue na contra,ão, é foda.


segunda-feira, outubro 01, 2012

Uma gracinha

Sempre que alguma celebridade morre, passo a observar as pessoas e nenhuma novidade inevitavelmente.
Hebe Camargo faleceu neste fim de semana, o Facebook bombou de homenagens. Como a maioria de meus adicionados virtuais são homens e gays, houve muito choro, gritos e arrastar de correntes, até aí nenhuma novidade. Claro que a movimentação foi intensa no sábado, e praticamente inexistente no domingo, salvo raros comentários devido à cobertura (atípica) da Globo. A descartabilidade e o quanto as pessoas são volúveis, é um fenômeno assustador. Sempre me pego pensando como será o futuro baseado neste presente, mas isso é reflexão para outro post.
De certa forme e salvando as devidas proporções, lamentei a morte de Hebe. Tratava-se sim alguem de remarque na sociedade midiática atual, tinha tamanha confiança das redes onde trabalhava, que seus programas recebiam pouco controle sobre o que ela falava. Sabia sim trabalhar como poucas hoje em dia, além de seu carisma inegável. Em épocas de enlatados, a chatice de um programa de auditório sucumbia sob o tamanho da personagem criada ao longo de tantas décadas no ar.
Sob tantas fotos, vídeos e outros bichos, gostei mais foi do post da Diva Depressão.