Quando o blog assume uma postura obrigatória, é o momento de encerrar as comunicações. Imediatamente proclamo que estou de férias, e no dia seguinte estou refletindo novamente, ansiando por blogar uma vez mais. Juro que a última coisa que eu desejo é ser contraditório nas minhas próprias palavras, mas acabo pagando a língua, ou me traindo em meus próprios pensamentos. Apesar de me sentir um traidor pra comigo mesmo, acho interessante a atitude honesta de assumir as fraquezas que permeiam a alma, pois parece que a transparência de sentimentos, mesmo que contraditórios, aliviam e orientam melhor as idéias... pra completar, ainda estou apanhando do teclado do notebook... ô coisa complicada de adaptar-se, acredito estar profundamente ligada ao aspecto do DNA... Data de Nascimento Avançada. Ou seja, conforme a idade avança, avançam exponencialmente as dificuldades tecnológicas envolvidas. Fico me perguntando se daqui 10 anos estarei brigando pra conseguir fazer uma chamada com vídeo através da computador central ligado à TV de LCD da sala de estar... e talvez brigando com uma atendente virtual para que ela entenda que desejo uma pizza de marguerita e que desejo pagar em dinheiro.
Dentre as muitas leituras de blogs que faço diariamente, me peguei em duas atitudes distintas. Primeiro me esforçando por pertencer a um grupo fechado. A merda é que sempre nos sentimos tendenciados a compartilhar um grupo, ou reproduzir comportamentos buscando uma aceitação geeneralizada. Por mais que sejamos esclarecidos e estejamos prontos para refutar a idéia (eu sou mais eu) este é um comportamento automático, e muitas vezes intuitivo, e mesmo sem querer passamos a reproduzi-lo... a experiência dos macacos-bonodo que o diga, e mais uma vez, nos vemos face a face com nossa condição de humanos. Caiu a ficha de minha ridicula situação, e de quão idiotas podemos ser sem que sequer estejamos cônscios do que se passa no interior de nossa mente.... previsíveis. Ficha caída, pensamentos desviados, bola pra frente.
Por segundo, houve uma leitura de um blog em que o escritor dizia que certos momentos, é necessário uma caminhada para destravar a mente, observar os detalhes, ater-se a pequenas coisas e simplesmente deixar o sistema fazer um reboot. Não sei se porque houve uma queda de minha resistência física em que optei em ficar de repouso por dois dias seguidos ao invés de seguir pra academia. Ficou aquela cobrança, como se eu estivesse fazendo algo ilegal. Novamente é o mesmo sentimento de auto-programação-macaco-bonodo e veio com fúria a vontade de caminhar para desligar o sistema. Não acredito que isso seja possível num futuro muito imediato, mas quando a situação não favorece, voce coloca a pendência numa lista de coisas a serem feitas assim que possível e segue adiante.
Seguir adiante.. esse é o mote do dia.. aliás, da madrugada.
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