terça-feira, outubro 31, 2006

Final feliz faltante

Não consigo entender porque quando lemos um livro ou assistimos a um filme ou peça de teatro, estamos condicionados ao happy end, ou final feliz. Esperamos o tempo todo que a ficção não imite a realidade, e que aquilo que é a realização de uma fantrasia, seja absolutamente perfeito. Não escondo que estou num momento de profundo descontentamento pois encerrei a leitura do livro "O Terceiro Travesseiro" do Nelson Luis, e o final não é propriamente satisfatório pro meu ego, e se voce deseja ler este livro (recomendo muito), pare a leitura por aqui, sua surpresa pode ficar comprometida. Fui sim de peito aberto em busca de um final feliz, mas o final nao foi exatamente feliz. Digamos que ele foi cotidiano, verossimil, e na narrativa do livro, bastante realista, apesar de suas cores serem muito mais brandas do que a realidade pinta efetivamente... uma boa leitura apesar de saber que um dos protagonistas morre no final, deixando um ciclo inacabado, mas é essa justamente uma das coisas mais legais que conheço....a vida nem sempre é completa, e se o livro/filme te deixarem pensativo depois, melhor ainda. Nesse caso, um dos objetivos foi alcançado, que é fazer voce pensar e se posicionar a respeito. Não preciso pensar.. quem pensa, não casa..
 
Trilha sonora do momento: Marisa Monte - Magamalabares
Curtição do momento: Os novos Internet Explorer 7 e o Firefox 2.0. Tou adorando muito isso..
 

sexta-feira, outubro 27, 2006


Posted by Picasa

Fragilidade da Vida

A vida nos prega peças que muitas vezes beiram o inimaginável; tragédias pessoais que parecem saidas dos livros de ficção, tamanho é engendramento de situações e fatos, que no final, acabamos por ficar extremamente derrubados com os fatos. Hoje ví mais uma vez e não desejo falar a respeito.
Ao amigo que passa pela situação neste momento, posso dizer poucas coisas: que tenha fé em Deus; que tenha fé em sí mesmo; que se lembre que a tristeza vai passar; que lembrar-se dos bons momentos com alegria vai ser importante de agora em diante; que voce conta com as nossas orações; e principalmente, lembrá-lo que o céu na madrugada fria de hoje, foi mais brilhante do que o habitual, pois as almas tão queridas chegaram lá, alcançaram a eternidade.

terça-feira, outubro 24, 2006

Break Wind

Why do men break wind more women?
Because women can't shup ut long enought to build up the required pressure....
 
(Politicamente incorreto eu sei, mas eu não podia perder a piada.)
Trilha sonora do momento: Solidão de amigos
 
 
 

quinta-feira, outubro 19, 2006

Alegria

“Felicidade é o estado de um ser racional no mundo para o
qual a totalidade de sua existência tudo acontece segundo seu
desejo e vontade e depende, conseqüentemente, da harmonia da
natureza com a finalidade total do agente, assim como do
fundamento de sua vontade”
“Felicidade é o estado de um ser racional no mundo para o
qual a totalidade de sua existência tudo acontece segundo seu
desejo e vontade e depende, conseqüentemente, da harmonia da
natureza com a finalidade total do agente, assim como do
fundamento de sua vontade”
“Felicidade é o estado de um ser racional no mundo para o
qual a totalidade de sua existência tudo acontece segundo seu
desejo e vontade e depende, conseqüentemente, da harmonia da
natureza com a finalidade total do agente, assim como do
fundamento de sua vontade”
"Felicidade é o estado de um ser racional no mundo para o qual a totalidade de sua existência tudo acontece segundo seu desejo e vontade e depende, consequentemente, da harmonia da natureza com a finalidade total do agente, assim como do fundamento de sua vontade"
(Definição de Felicidade, pelo filósofo Kant em "Crítica da Razão Prática")
 
Pedi a um amigo no MSN (valeu Doutor) um tema para escrever hoje. Ele foi rápido no teclado ao mencionar a palavra Alegria. Fiquei desconcertado num primeiro momento, pensando o que teria levado o amigo a sugerir a palavra alegria. Entre 500 pensamentos diferentes que me ocorreram, resolvi não pensar em mais nada, a não ser encarar a ideia de desenvolver o tema sobre a alegria.
Filofosar sobre o tema na primeira pessoa (Sou feliz?), volto as minhas teorias do passado, quando da minha fase de devorador de livros no desenrolar da adolescência sem crises, em que achava que a felicidade deveria ser buscada com todas as forças disponíveis, até mesmo usando-se táticas desonestas algumas vezes por um momento feliz, mas que fosse eterno. A eternidade do momento demorava o tempo necessário para ser inesquecível, mas depois vinha o vazio existencial novamente, e a necessidade por outros momento intensos, num ciclo vicioso e repetitivo.
Hoje, pensando melhor, eu era feliz àquela maneira estranha, através de um estranho adolescente. Desde cedo já buscava as alegrias espalhadas pelos arredores, nas formas de um belo entardecer ou nas sensações de uma noite quente de muito vento ou de um toque de pele em busca de uma química perfeita utópica. Será que isso era realmente felicidade ou talvez buscasse formas de suprir minhas necessidades de bem estar? Não sei hoje dizer, mas confesso que fiquei com a pulga atrás da orelha. De qualquer maneira, naquela época funcionava, e funciona até os dias de hoje. Lendo também a afirmativa de Kant, só posso mesmo acreditar que apenas poucos seres neste mundo são realmente felizes, uma vez que nem sempre todo o universo conspira à nosso favor. Tenha dó!
Sim, me considero feliz....e quer saber de uma coisa? Kant que se foda!   Vou continuar com minha maneira esquisita de ser feliz, juntando os momentos agradáveis e desvalorizando os menos interessantes. Ninguém é de ferro e se não buscarmos essa sensação de bem-estar, não há possibilidade de se manter a racionalidade.

A Cobra e o Vagalume

Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um vagalume que só vivia
para brilhar.

Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a cobra nem pensava em
desistir.

Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada...

No terceiro dia, já sem forças o vagalume parou e disse à cobra :

-- Posso fazer três perguntas ?

-- Não costumo abrir esse precedente para ninguém mas já que vou te
comer mesmo, pode perguntar...

-- Pertenço a sua cadeia alimentar ?

-- Não.

-- Te fiz alguma coisa ?

-- Não.

-- Então por que você quer me comer ?

-- PORQUE NÃO SUPORTO VER VOCÊ BRILHAR...

Pensem nisso e selecione as pessoas em quem confiar.

quarta-feira, outubro 18, 2006

 "A estupidez é infinitamente mais fascinante do que a inteligência. A inteligência tem seus limites, a estupidez não."
Claude Chabrol, diretor de cinema francês

quarta-feira, outubro 11, 2006

Happy Hour com cara de balada

Fui ontem ao Happy Hour de despedida de uma amiga querida que se desliga da empresa nesta semana. Depois de 15 chopps algumas caipirinhas, inúmeros croquetes de alho poró e trocentas outras frituras que acompanham esses buffets, até que levantei numa boa hoje. Saí de lá as 21:00 hrs muito alegre e ainda fui ao supermercado, muito alegre....Lamento que nao lembrei de levar a máquina fotográfica, os registros teriam sido impagáveis.

terça-feira, outubro 10, 2006

Período

Existem certas fases, que todo mundo sabe que são um pouco mais ruins e dificeis, e quase sempre temos duas escolhas: lamentar muito ou calar e resignar-se. Eu prefiro permanecer calado e nesse silencio elegante de menos palavras que o habitual, me sinto mais tranquilo para esperar pelo final da temporada. Acredito na elegância desse ato, além da possibilidade de crescimento pessoal que se oferece. Vou comentar mais como um desabafo que não pretende se repetir, pois não necessita de muita análise dos fatos.
Tive o aniversário de morte de meu irmão. Eu ainda nao tinha me dado conta da data, mas ao lembrar, uma onda de certa tristeza e melancolia me invadiu, trazendo de volta do passado muitos ressentimentos que nao foram bem resolvidos no seu tempo adequado e que hoje permanecem na forma de mágoas semi-esquecidas, que em alguns dias, ressurgem e não trazem boas lembranças. Fica-se numa espécie de limbo letárgico, em que tudo não faz sentido, principalmente por saber que não há solução, então pensa-se sobre o assunto e a vida segue, talvez com um pouco menos de cores naquele período, mas ela segue.
Profissionalmente, tive de tomar uma atitude inédita e desagradável, outro fator que me deixou muito derrubado também. Talvez por ter vivido a experiência do lado oposto por mais de uma vez e saber a quantidade de stress que é imbutido nesse processo. Nada mais justo do que a ação e a reação. Outra informação que me deixou mais pra baixo ainda foi o comentário de um supervisor que disse "não fica assim, voce se acostuma".. Na hora me recordei do texto da Marina Colassanti (Eu sei, mas nao devia) e desejei profundamente não ter de me acostumar pois acredito, com muita convicção, de que nao podemos nos acostumar a coisas ruins. 
O mais alentador de tudo é saber que tudo continua. Que apesar de um pequeno drama pessoal, tudo segue na mesmo velocidade e direção. Talvez com cores um pouco menos vibrantes do que o habitual, mas isso é passageiro. Afinal de contas acho muito bom saber que o universo não conspira apenas contra a minha pessoa nesta montanha russa alucinada. Prenda a respiração e segure-se bem.... lá vem outra subida vertiginosa, e se eu tiver sorte, talvez um looping logo em seguida. Nada melhor que isso; viver perigosamente, um dia após o outro. :-)
 
Trilha sonora do momento: Sweet Caroline 2006 - The Partyjokes

segunda-feira, outubro 09, 2006

Tópicos

Pois é, continuo tendo uma penca de visitas todos os dias, mas meus assuntos andam esgotados. Obrigado aqueles que comentam em off.
Antes de reclamar que nao tenho atualizado de acordo, que tal mandar sua sugestão? Seja audaz, mande seu texto!

Frase da semana

Entre o Jamanta e o Lula eu prefiro o Jamanta... Porque o Jamanta sabe... O Jamanta viu !!!
 
Origem desconhecida, recebido pelo Orkut

quinta-feira, outubro 05, 2006

For one horrible split second

(por uma horrível fração de segundo)
 
Eu sei que eu deveria ter atualizado o blog nos ultimos dias, mas faltou disposição, e de certa forma andei abalado por alguns motivos que pretendo comentar oportunamente. Cumpri a tabela anual de viagens, estive em Aparecida do Norte fim de semana passada, mas o acidente do Boeing da GOL realmento foi um chute nas minhas amigdalas da criatividade.  Curioso como ouvimos falar sobre dezenas de mortes diárias no conflitos do Oriente Médio e não damos atenção por ser corriqueiro desprezar o sofrimento dos distantes de nós. Entretando  um acidente aéreo das proporções como foi do voo 1907 Manaus-Rio, nos deixa chocados, nos faz buscar noticias e informações que se multiplicam aos borbotões na internet, cada uma das fontes tentando ser a mais completa na exploração da tragédia. Dentre esse batalhão de notícias, hoje acabei chegando até o site do reporter americano Joey Sharkey,  do NY Times que estava no Legacy da Embraer, a caminho de Manaus para o desembaraço aduaneiro e seguir viagem para os Estados Unidos.
No site, o reporter colocou o link para a sua coluna no New York Times, onde ele diz que "colidiu com a morte a 37.000 pés e sobreviveu" e narra os acontecimentos, quando simplesmente durante a viagem agradável, sentiram o baque e quando olharam, faltava um pedacinho da asa. Os pilotos acionaram os procedimentos de emergência, tentaram contato e avistaram uma base militar escondida no meio da floresta amazônica, tudo isso envolto em uma certa tranquilidade. Depois de pousar e entre piadas os americanos foram informados de que haviam colidido e provocado a queda do Boeing 737 e responsáveis indiretos pela morte dos 155 brasileiros. Mais tarde, ele questiona um especialista porque ele, estando muito perto do Boeing, não escutou absolutamente nada além da pancada. O especialista explica que dois jatos na velocidade de cerca de 800 km por hora seguindo direção um ao outro, o ouvido humano não capta, ou no máximo, seria por uma fração de segundo,. Obviamente o repórter já associa este segundo ao tema da reportagem dele..... por uma horrível fração de segundo.... eles sobreviveram e pela mesma fração, 155 pessoas morreram de forma trágica no avião que se despedaçou no ar a 800 km por hora, destroçados e cairam sobre a floresta tropical, pessoas estas que morreram antes mesmo de chegar ao solo devido aos traumas da mecânica do acidente e a altitude. Partes dos copos são encontradas a quase meio metro de profundidade no solo, isso quando são encontradas. Animais silvestres, alta umidade e muito calor também conspiram contra os parentes, que além da dor do acontecimento e da perda, pouco terão para realizar um funeral e assim encerrar suas perdas, finalizando o processo.
Curioso tambem como a todo acidente aéreo no Brasil, todo mundo tem um conhecido que quase embarcou no fatídico voo, ou conhece alguem que tem um parente entre as vítimas. Aqui em Campinas não foi diferente, apesar de realmente haverem vitimas da cidade.
Haja estômago!