quarta-feira, outubro 31, 2012

Branco

Escrever num blog fica algo metade diário, metade reflexões do dia a dia. Durante um tempo você escreve sobre aquilo que te faz pensar, depois você passa a escrever sobre aquilo que te deixa puto, depois você escreve sobre aquilo que te deixa entristecido. Manter essa linha específica de falar sobre um assunto específico, é tarefa de agarrar um touro pelos chifres. Mais legal ainda são os amigos comentadores que entram e comentam, pelo menos pra dar um apoio moral mesmo quando o assunto tá chato.

Tenho me sentido chato pra pensar. Tenho minhas tristezas que são ótimos gatilhos para textos, mas experiências minhas do passado me provaram que abrir demais o coração em público, traz consequências devastadoras sempre. Por mais que sejam apenas pensamentos, alguém sempre se ofende, alguém junta mais argumentos contra você, alguém que deveria ler a indireta nunca recebe a informação... ou seja.. você acaba deixando de escrever por medo e insegurança... seria esse o tal branco da criatividade?

 

 

 

 

terça-feira, outubro 23, 2012

Madrugando

Previsão  do tempo alerta chuva pelos próximos cinco dias... Desanimador saber que estou prestes a entrar naquela temporada abencoada de muitas águas celestiais que fazem as roupas demorarem mais a secar e os calçados ficarem umedecidos. Enquanto isso fico testando a blogagem através  do app do Android em offline. Mas não  é  que a coisa funciona?


quinta-feira, outubro 18, 2012

O mendigo

Basta aguardar para os próximos dias todas as emissoras populistas explorando o Mendigo de Curitiba. Pra quem não viu ainda, clique aqui.

Presenciei a decrepitude de um irmão através das drogas até o fim da vida dele e a continuidade do processo na família. Nada volta a ser como foi planejado um dia, e nem todo mundo simplesmente consegue abandonar a personalidade do vício, e se deixam consumir. Não posso dizer que não exista uma dose de coragem nessa decisão, talvez tomada sem se saber as reais consequências.

Apenas lamento o tom piadista da tragédia de alguém e uma família. Maldito hábito brasileiro de rir de quase tudo ao invés de questionar e exigir melhoras sociais.

 

terça-feira, outubro 16, 2012

Coisas que a gente escuta...

Hoje, alguém que ocupa um cargo de responsabilidade e controle de pessoas, me disse claramente: “Não confio nem em minha filha. As duas pessoas em quem confio, nem trabalham aqui.” Lógico que isso foi uma ameaça a mim, não sou nem de perto essa pessoa confiável que ele mencionou, mas acho de uma ofensa medonha por tratar-se de um ambiente colaborativo em que inúmeras pessoas trabalham juntas e que o grupo vence pelos acertos e perde individualmente pelos erros de cada um.

Deixando essa afronta profissional de lado, imediatamente pensei na vidinha medíocre que algumas pessoas levam por toda uma existência, causando a sí próprias esse desconforto permanente e imutável, e ao mesmo tempo, transformando a vida de todos ao seu redor num verdadeiro inferno. A gente tem de ser feliz enquanto é tempo... problema dele.. não meu, oras bolas. Tem horas que desejo ter um botãozinho na cabeça de modo a poder desligar e não ouvir tanta besteira.

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, outubro 10, 2012

Ainda o século 20

Ainda continuo no hábito de procurar leituras de blogs de conteúdo diversos, muitos deles regulares e de leitura corrida do cotidiano sobre muitas coisas. Um grupo seleto desses blogs seria caracterizado como duvidoso pelas pessoas em geral ou talvez porque a maioria das pessoas não tem estômago para acompanha-los; falam da morte e das atrocidades que trazem a morte até as pessoas. Talvez por termos sido criados no embasamento cristão que concede apenas à Deus o direto de vida ou morte sobre as pessoas, e que a ojeriza pela morte seja algo obrigatório a todos nós ocidentais. Apenas não vejo isso. Como observador vejo as consequências de atos mal pensados e em alguns casos, vejo como o homem caminha em sentidos tão díspares quanto se é possível imaginar, desde a violência gratuita religiosa, sem opções de qualquer chance de misericórdia, homens que se vingam de outras pessoas de maneira brutal, de vinganças em que corpos são destroçados, acidentes de trânsito, até a suicidas que simplesmente desistem de suas vidas e saltam de prédios ou se jogam nas linhas do metrô driblando todo o esquema de segurança mesmo em países orientais , saciando a curiosidade de outros em saber o que acontece com o corpo humano quando submetido a impactos desse porte, ou talvez mesmo pela simples curiosidade mórbida de ver sangue... mas falemos de suavidades.
Suicídio assistido ainda é tão controverso e tão pouco aceito pelas sociedades. Pessoas que chegam ao fim da linha já sabedoras de que não tem retorno de suas condições, decidem interromper seu próprio sofrimento e principalmente o sofrimento futuro sem nenhuma dignidade. Assim como muitos ainda acreditam na vida após a morte através da criogenia, muitos decidem abreviar seu sofrimento e buscam apoio em grupos que ganham dinheiro promovendo essa partida suave com acompanhamento profissional. Não defendo a morte e a partida antes do tempo regulamentar, mas defendo o direito de escolha que cada pessoa tem. Como espiritualista, acho que cada um tem seu preço a pagar lá depois, assim como também as suas consequências de seus atos.
No video a seguir, uma mulher com a assistência de uma clínica suíça (por que sempre na Suíça?), portadora de uma síndrome degenerativa óssea, toma seu drink de morte e come chocolates para disfarçar o amargor da bebida, antes de adormecer serenamente enquanto o vídeo é encerrado. Sem traumas, sangue ou secreções, apenas a partida típica européia, fria e sem emoção. Obviamente tudo é gravado de modo a assegurar para os profissionais em questão, que a cliente estava lúcida, conhecedora de suas ações e principalmente, cônscia do que fazia naquele instante.
Bom para refletir.








segunda-feira, outubro 08, 2012

Século 20 o cacete!


Azedei hoje. Mais no sentido literal de acordar virado, humor instável e em dias assim, eu me calo e evito interação ao máximo;  boca grande e mau humor juntos resultam numa combinação muito desagradável dentro de mim e de resultados desastrosos. A gente aprende com o tempo a fica isolado, pra não ter arrependimentos depois.

Pra ajudar, ainda vejo aqui pessoas seguindo cegamente a religião, como forma única de sobrevivência, cometendo absurdos como se isso fosse a única coisa certa do mundo. Pessoas que oprimem, pessoas que se calam quando podiam ajudar. Parece que isso é uma característica desta cidade de mineiros; a burrice margeada pela cristandade evangélica. Isso forma pessoas obtusas, grosseiras e que acham que estão agindo de acordo com a vontade de Deus. Pior de tudo é essa sensação geral que se tem por aqui, do orgulho de ser caipira. Junto com isso vem a multidão de deformados e deficientes físicos que não receberam as vacinas contra a paralisia infantil, os desdentados, todos os que vivem em subempregos e todas as famílias que perdem seus filhos todos os anos, pois todos se mudam da cidade em busca de algum tipo de oportunidade melhor, no estado de São Paulo, lógico.

Prometo que um dia eu tento ficar mais paciente com gente ignorante, mas hoje em dia, só é efetivamente ignorante quem quer e quem não se esforça.
Parabéns caipirada! Ignorância é realmente uma benção!

terça-feira, outubro 02, 2012

Jogando

Eu achava que nao tinha perfil para video-game. Depois do furor que foi o Odyssey e o Atari na minha infância, e continuo achando que não tenho perfil pra jogos.
Com tanta gente dizendo que gostava, me senti excluído da trupe, e num impulso contrário de consumo comprei um X-Box achando que seria um divisor de águas na minha vida, forçando uma mudança de hábito. Com o console comprado e aguardando a entrega, descobri que ou poucos jogos que seriam mais do meu perfil, eram exclusivos do Playstation. O marido gostou imensamente do X-Box e se esgoelou por semanas a fio no Assassins Creed e no Alan Wake, jogos complexos.
Resolvi persistir no pensamento errado, lá fui eu atrás do Playstation. Console comprado, descobri que os tais jogos exclusivos seriam lançados em Blueray somente no exterior, provando por A+B como meu karma costuma ser complexo. Um fornecedor tinha uma prima viajando pelos USA, e de lá veio o BR dos jogos.
Sem nada de tiros, gostei da coletânea da Thatgamecompany com o Journey e o Flower. Especialmente o Journey tem algo de interessante, sem perseguições, tiros, pontos, tempo, zumbis, apenas um personagem solitário que atravessa o deserto em direção a montanha, com uma ótima trilha sonora e visual bacana. Introspectivo, dura cerca de 2 horas cada jornada e no máximo, voce vê outros participantes online que cruzam o deserto com voce, sem interações.
Interessante, mas não troco minhas horas de leitura por sessões de jogo, meu perfil continua não aceitando os games que vem com aviso prevenindo os usuários sobre eventuais crises devido as luzes piscantes. Envelhecer e saber de certas coisas que não agregam tanta utilidade na minha vida enquanto todo o gado segue na contra,ão, é foda.


segunda-feira, outubro 01, 2012

Uma gracinha

Sempre que alguma celebridade morre, passo a observar as pessoas e nenhuma novidade inevitavelmente.
Hebe Camargo faleceu neste fim de semana, o Facebook bombou de homenagens. Como a maioria de meus adicionados virtuais são homens e gays, houve muito choro, gritos e arrastar de correntes, até aí nenhuma novidade. Claro que a movimentação foi intensa no sábado, e praticamente inexistente no domingo, salvo raros comentários devido à cobertura (atípica) da Globo. A descartabilidade e o quanto as pessoas são volúveis, é um fenômeno assustador. Sempre me pego pensando como será o futuro baseado neste presente, mas isso é reflexão para outro post.
De certa forme e salvando as devidas proporções, lamentei a morte de Hebe. Tratava-se sim alguem de remarque na sociedade midiática atual, tinha tamanha confiança das redes onde trabalhava, que seus programas recebiam pouco controle sobre o que ela falava. Sabia sim trabalhar como poucas hoje em dia, além de seu carisma inegável. Em épocas de enlatados, a chatice de um programa de auditório sucumbia sob o tamanho da personagem criada ao longo de tantas décadas no ar.
Sob tantas fotos, vídeos e outros bichos, gostei mais foi do post da Diva Depressão.