domingo, agosto 26, 2012

Cinquenta tons de chatice

Tenho medo quando a crítica eleva certas coisas ao máximo da popularidade. Quase sempre é um sinal claro de algo fútil e desnecessário. Cinquenta Tons de Cinza, que todo mundo estava lendo (pelo menos diz que estava) aconteceu o mesmo.
Sem dúvida, trazer o universo BDSM para a literatura de massa é um avanço inédito. Mas o livro versa sobre uma fantasia feminina da garota pudica-gostosa que conhece um milionário, tem acesso a todos os confortos proporcionados pelo dinheiro excessivo, usa do direito moral de recusar todos esses benefícios, satisfação sexual sem limites através da submissão e que depois tenta domar o homem dominador... Inúmeras páginas de uma conversa (aborrecida) entre os dois protagonistas através de emails. A escritora ainda finaliza a obra propositalmente sem fechamento, de modo a ter continuidade em outros livros. A lei do dinheiro continua falando mais alto.
Li muito os romances da Barbara Cartland, que tratam da mesma mulher utópica, e sem a devida parte picante, e nao reproduzem a realidade. Acho que no fundo trata-se de meu defeito em não acreditar naquilo que é fantasia demais aplicada na vida moderna. A ideia é a mesma, repaginada como quase tudo humanidade que segue por movimentos cíclicos.
Não, obrigado.  Já me basta por enquanto. Continuo no aguardo por algo que seja efetivamente mais enriquecedor.

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