sexta-feira, agosto 10, 2007

No pó

Estou literalmente um pó de traque.... (horrível essa expressão)... A semana foi corrida no trabalho, tive de ir pra São Paulo a trabalho duas vezes nesta semana, e quem conhece São Paulo numa sexta-feira, sabe o inferno que é levar 3 horas pra atravessar a cidade, demorar pra encontrar o endereço, resolver o que voce tinha de fazer, e levar outras 3 horas pra sair pra encarar outra hora de rodovia, sol quente e muito vento na cara.
São Paulo tem extremos nunca imaginados e que quando presenciamos, não damos a devida atenção pois voce nao consegue atenção para todos os detalhes... Ví hoje uma briga na marginal Tietê em que dois caras estavam se esmurrando enquanto o trânsito engarrafava, e ninguém pode fazer absolutamente nada, até que os envolvidos se resolvam por conta própria e no sangue. Violência, pancada, sangue, poluição, barulho, paranóia convivem juntos num coquetel absurdamente estranho pressionando as pessoas, e que pra sobreviver, é preciso ser no mínimo muito resistente. Endereços glamurosos, outros incrivelmente cinza, mesmo com a pouca vegetação na proximidade, e muita miséria, que somente a violência alivia o stress da população.. realmente as pessoas tendem a se pegar por aí pra resolver suas pendencias, afinal não resta mais nada.. nem a dignidade de se viver bem... milhares de pessoas já escreveram sobre isso de maneira mais poética, mas a realidade é mais cortante do que a gente imagina. Gosto dessa visão chocante, real, do momento preciso em que a constatação acontece... Não viemos ao mundo a passeio.

2 comentários:

  1. Pelo menos aqui em Salvador, os engarrafamentos monstros ocorrem a beira-mar, então pode-se ao menos se distrair com a paisagem enquanto se espera indefinidamente por uma solução...
    abraços fortes!!

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  2. Já apssei pelo meu momento de amor a São Paulo... agora a cidade e seus habitantes ficaram tão sem graça... tão sem criatividade e gênio...

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