segunda-feira, agosto 14, 2006

Memórias de uma Gueixa

Aproveitei o fim de semana pra cuidar da casa da família, estar com minha mãe e colocar em dia alguns filmes que eu ainda não tinha assistido. O dia dos pais já não traz mais aquela agonia do pai ausente, pois mais de 20 anos se passaram, e nunca cultivamos o hábito de visitar os mortos. Mantemos o respeito por quem eles foram, mas o cemitério não é um passeio regular, o que eu considero muito saudável, apesar da eterna preocupação de minha mãe com o estado das sepulturas, se a jardineira está cuidando adequadamente das flores, gramado e coisas assim. O dia dos pais hoje aproveitamos pra almoçar fora, eu minha mãe e minha irmã. Na porta do shopping ficamos pensado qual seria a opção mais atraente, mas o MacDonald's estava apenas a alguns passos de nós, irresistível, e nao tivemos nem chance de permanecer na dúvida, entramos felizes com nossa escolha e conhecedores de que aquele "junk food" seria muito agradável, apesar de ser uma verdadeira bomba calórica. Como sempre, rimos muito  e entre batatas fritas e colheradas de sundae de chocolate, o domingo foi muito agradável. Eu e minha irmã primamos pela capacidade de queimar o filme em público sem nenhum pudor quando estamos juntos, e na saída, ficamos no ponto de ônibus esperando o ônibus dela que nunca chegava, enquanto dúzias de pessoas conhecidas foram passando por aquela avenida de Indaiatuba e nós lá, no sol, com cara de quem pede uma carona; recebemos uma penca de acenos, gente que parou pra falar um oi, mas nenhuma alma caridosa parou com o referido propósito de oferecer a carona. Subitamente o ônibus dela virou a esquina e num salto agonizante e desesperado fizemos o sinal. Ela embarcou e entre risadas voltei pra casa com minha mãe.
Entre os filmes do fim de semana, fiquei muito feliz por ter assistido "Memórias de uma gueixa", que me deixou muito surpreso, pois gosto muito de pegar um filme sem nenhuma expectativa, apenas de que foi um filme muito comentado, porém não premiado. Trata das memórias de uma gueixa, contando desde a sua saída ainda criança de casa,  vendida a uma casa de gueixas, falado em inglês e perfeitamente ambientado nos costumes da época, em que apenas mostrar o pulso faria qualquer homem suspirar de admiração. A gueixa não é prostituta, mas sim uma artista do entretenimento, da arte de servir o chá, das conversações e de uma série de pequenos prazeres proporcionados aos homens, que faziam com que elas fossem muito valiosas e poderosas na sociedade. O filme mostra toda a evolução de uma menina até tornar-se gueixa, do aprendizado longo e sofrido até os resultados que conseguem no futuro, quando estabelecidas na sociedade local. Como é um filme americano, o final feliz deixa o filme ainda mais atraente. Uma aula de cultura geral no DVD e de como mesmo as mulheres mais treinadas da cultura antiga japonesa poderiam ser muito sacanas umas com as outras. Recomendo!

Um comentário:

  1. Anônimo10:56 PM

    tb vi esse filme (até copiei-que coisa feia!- mas não resisti), ele tem cenas maravilhosas "de com força"! (savio silva)

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