segunda-feira, agosto 07, 2006

A maldade materna

Como o povo que lê este blog sabe, eu nao curto novela. Como eu nem sempre assisto, mas ouço a novela diariamente, e durante o jantar, acabo assistindo a uns pedaços.
Nos ultimos dias tive de concordar e sufocar minha ojeriza aos folhetins, observando a história da novela das 8, da Nanda que fica grávida de gêmeos do cara na Europa e quando retorna, é recusada e extremamente mal tratada pela própria mãe, quem ela justamente buscava como porto seguro. Entre muitas coisas más ditas à garota grávida, ela sofre um acidente na rua ao ser atropelada por um ônibus, dá a luz aos gêmeos no hospital e morre. O dilema começa agora com a maldade da mãe, sobressaindo-se de forma grotesca através do personagem da Lilia Cabral, pintado com cores berrantes, de coração duro e feito de gelo, a mãe praticamente nao chora a morte da filha, quem ela desejava que tivesse uma vida exemplar, com marido rico e confortável posição social. A vida não lhe deu o que queria, e a amargura daquele ser retraído e rancoroso, que leva a todos ao seu redor num turbilhão de amarguras e negativismo que não tem fim.
Celulari reflete num determinado momento, filosofando se a pessoa se torna amargurada pelo sofrimento excessivo na vida ou se a pessoa se torna mais suave após esse tipo de passagens na vida, que tudo depende apenas da índole da pessoa... Tudo bem, se depende da índole, o que é que cria a índole? Como é que sofrimento pode ser transformar em amargura ou então em amadurecimento da alma? Eu nao tinha chegado a este âmago da questão ainda. Vidas passadas? educação familiar? Religião? sei que tudo isso influencia, mas acho que principalmente bons exemplos formam a índole de uma pessoa, quando a criança vê outras pessoas que estejam porventura em sofrimento e que lutam sempre, isso sim forma o caráter de alguém. Acho que tem muita gente ruim por aí.....

Nenhum comentário:

Postar um comentário