Tontíssima

Não consigo compreender como tanta gente neste país passa horas diante da TV todas as noites assistindo a uma sequência de novelas que emburrecem o ser humano. É óbvio que falo isso baseado em opinião própria, mas aqui acabo “ouvindo” a novela todas as noites, quando acabo estarrecido com os enredos fracos, histórias de homens e mulheres que beiram o ridículo e situações que tendem só a complicar-se, a caminho de um desfecho final, sendo que isso dura em média 4 meses. Emburrecimento a longa prazo...
Lí a entrevista do autor da novela atual, a Tontíssima, publicada na Veja há algumas semanas, onde ele menciona que as pesquisas da emissora apontam que o grupo amostral (a emissora faz pesquisas nesse grupo “seleto” de pessoas que acompanham a novela pra avaliar o desempenho da trama e a aceitação do público) passou a aceitar que as personagens sejam más, que possam agir de todas as maneiras possíveis, mesmo as eticamente incorretas, para que consigam atingir seus objetivos. Fiquei pensando a respeito e a pergunta que não quer calar é: _ se a população, em teoria, aceita que seja feito tudo pra se conseguir o que quer, e o nível cultural do povo continua em queda, que tipo de sociedade podemos esperar num futuro próximo? Se isso vai ser veiculado amplamente através da nossa esperada TV Digital que está a caminho de nós num grande receptor de LCD, fico uma vez mais estarrecido com a humanidade. Em especial a brasileira, na qual estou inserido.
A propósito. Na hora da novela, costumo estar ao PC, lendo noticias via internet, checando meus emails, Orkut, atualizando meu blog, editando minhas imagens ou até mesmo jogando paciência.

Ps. Neste momento na novela, Fernanda Montenegro, a Bia, grita: VAI! VAI! VAIIIIII!
Belíssima, vai pra pqp antes que eu me esqueça...